Zanzibar, ilha que faz parte da muito especial Tanzânia, é uma jóia da civilização islâmica e suaíli.
Desde o final de Quatrocentos, após a passagem de Vasco da Gama por Zanzibar em 1499, exploradores e comerciantes portugueses começaram a influenciar a atividade económica da ilha, estabelecendo aí alguns pequenos núcleos, tornando-se parte do império Português em 1503. Em 1698 passou para o Império Omanita que finalmente expulsaram os portugueses de Zanzibar em 1729.
Esta presença histórica portuguesa é ainda visível na sua cidade principal a Stone Town (cujo centro histórico foi classificado pela UNESCO como Património da Humanidade). Esta impressionante cidade colonial africana (uma das mais antigas e bem conservadas de África), ainda apresenta no seu núcleo central as características dos povoados históricos do mundo islâmico, com bastante concentração do edificado numa malha urbana alongada, com ruas estreitas e de elevada densidade populacional, mas que ainda contém marcas da antiga intervenção portuguesa como o forte ou a respetiva capela.
Mas Zanzibar tem mais cultura. Esta rica ilha é conhecida no Índico como sendo um dos principais locais do mundo de produção das tão afamadas especiarias. Da baunilha à pimenta, nesta ilha ainda hoje se produzem com técnicas ancestrais as tradicionais especiarias africanas. É assim que se compreende que a cultura gastronómica local seja tão rica e única. O seu principal ex-libris é o famoso café temperado com especiarias. Se esta é uma receita que se pode encontrar em mais locais do mundo, aqui em Zanzibar, esta bebida tão exótica, atinge o seu auge de sabor, exotismo e misticismo.
Zanzibar é uma ilha notável, com praias incríveis, um mar inigualável e uma temperatura verdadeiramente tropical… mas aqui há mais: há história, há cultura … e há especiarias!